Na cerimônia cada um sabe sua posição… Às vezes!

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Muitas perguntas chegam sobre a formação do cortejo e a posição de cada “personagem” na hora da celebração do casamento. Muito fácil! Quer ver?

– entram o noivo e sua mãe

– o pai do noivo e a mãe da noiva

– o primeiro casal de padrinhos do noivo

– o primeiro casal de padrinhos da noiva

– o segundo casal… e assim, sucessivamente.

E vão se dispondo em semicírculo, de modo que os pais fiquem no centro.

Há a possibilidade também de os padrinhos entrarem primeiro e serem seguidos, após breve pausa, pelo noivo e mãe, pai do noivo e mãe da noiva.

Quanto à posição dos casais, os homens oferecem sempre o braço direito às suas acompanhantes.

Quando todos estão posicionados no local da cerimônia, entra a noiva, pelo braço direito do pai.

Eles vão em direção do altar ou local da cerimônia e, ao chegar lá, a noiva terá à sua esquerda o pai e, à direita, o noivo. O noivo recebe a noiva e vão se postar diante do celebrante do casamento, ficando ela, então, do lado esquerdo do noivo. O pai da noiva e o pai do noivo se colocam finalmente ao lado de suas esposas.

Terminada a cerimônia, os noivos giram sobre si mesmos, ficando então agora a noiva do lado direito do noivo. E assim eles saem, seguidos por damas e pajens, pais e padrinhos, todos tendo as damas do seu lado direito.

Tudo fácil, tudo previsto, não é mesmo? Não! Esse esquema arrumadinho só funciona em famílias de estrutura tradicional, em que não falta nem sobra nenhuma “peça”.

Só que no mundo real famílias estruturadas de modo tradicional são quase raridade. A muitas falta pai ou mãe. Em outras, separações litigiosas impedem um contato entre pai e mãe, até mesmo em momentos tão especiais como o casamento dos filhos. Em outras ainda, há elementos a mais, já que pai ou pai e mãe têm novos parceiros. E às vezes isso acontece nas duas famílias.

Há pais que, mesmo separados, continuaram presentes na vida dos filhos, há noivos que praticamente foram criados pelo padrasto ou madrasta. Há alguns que convivem muito bem com a nova mulher do pai, mas não suportam o novo marido da mãe. Há de tudo! E tudo (ou quase tudo) passa a valer. Para desespero das cerimonialistas…

Particularmente, aconselho que todos cedam um pouco para a paz geral. Se não for possível, que os noivos não deixem de curtir seu grande dia por acontecimentos que eles não provocaram nem têm condições de alterar.

Se alguém ficar magoado (e quase sempre alguém fica), que as decisões sejam consensuais entre os noivos e, melhor ainda, com um número grande de elementos de ambas as famílias.

Há noivas que optam por entrar sozinhas no local da cerimônia. Ou entram com tio, padrinho, avô, irmão. Nada contra. Só acho estranho quando me perguntam se podem entrar com o sogro ou com o irmão do noivo, pois o simbolismo do ritual está na entrega da noiva por um homem de sua família à nova família à qual ela pertencerá.

Lembrem-se sempre: a etiqueta não deve engessar as atitudes humanas, mas apenas ordenar as coisas de modo a torná-las mais lógicas. Por isso é importante que se conheçam as regras… até para poder transgredi-las.

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