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Esse é o título de um livro de Bárbara Virgínia, pessoa de muitos talentos.*

É uma frase que eu gostaria de ter escrito, tão correta ela é, no sentido de expressar que a etiqueta foi feita, não para engessar as atitudes humanas, mas para orientar uma convivência mais harmoniosa entre as pessoas.

É bom saber o que é correto, até para poder, ocasionalmente, transgredir as regras. Mas conscientemente.

O casamento é um dos mais importantes eventos sociais e serve de termômetro do bom senso e do bom gosto dos noivos e de suas famílias.

Eu criei alguns “poder pode…mas não deve”. Veja se concorda comigo.

…endividar-se demasiadamente para  fazer uma festa muito além de suas possibilidades.

…convidar um número grande de pessoas para a cerimônia e depois ‘selecioná-las’ para a festa.

…dividir as despesas em partes iguais e convidar um número muito maior de pessoas do seu lado.

…pensar num casamento muito além das possibilidades da outra parte principalmente se as despesas vão ser divididas.

…convidar para padrinho uma pessoa que tem muito pouco a ver com vocês pelo presente que ela possa dar.

…convidar tantos padrinhos, que eles quase não caibam no altar, só para ter muitos presentes valiosos.

…convidar para padrinhos, daminhas ou pajens pessoas que você sabe estão passando por dificuldades financeiras, a menos que sejam tão íntimos que você possa se oferecer para ajudá-los nas despesas.

…escolher igreja e bufê muito distantes entre si, principalmente se o casamento for durante a semana.

…atrasar-se para a cerimônia religiosa, complicando a vida dos noivos do próximo horário e dos seus próprios convidados, ou demorar muito nas fotos que precedem a recepção.

…mandar o bufê espaçar o tempo de um prato para outro de tal modo que muitas pessoas tenham, pelo horário, de se retirar antes do fim da refeição.

…não adequar o número de garçons ao de convidados.

…servir apenas bolo e champanhe após as 19h, quando os convidados já estão prontos para um jantar.

…colocar no convite “os noivos despedem-se na igreja”. Se nada consta sobre o local da recepção, evidentemente é porque não haverá recepção.

…usar, nos convites, a expressão “in memoriam”.

…o noivo usar terno claro, mesmo se a cerimônia for de dia.

…determinar a cor dos vestidos das madrinhas. Sempre pode haver alguma que simplesmente deteste a que foi escolhida.

…a noiva usar véu ou cauda muito longos em uma capela ou um vestido muito despojado, à noite, numa igreja grande e imponente.

…exagerar em fendas e decotes em cerimônias religiosas.

Se você achou tudo isso óbvio demais, parabéns. Você tem bom gosto e bom senso. Mas, eu lhe asseguro: você não é maioria…

* Bárbara Virgínia – Poder pode…mas não deve!  –  5º edição – Edições

Loyola – São Paulo – 1993

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